Uma carta ao amor fraterno.

Olá meus queridos, tudo bem com vocês?

Recebi hoje dois links para leitura  e gostaria de deixar registrado por aqui algumas impressões e passagens para que também possamos consultar e refletir sobre.

E acredito que dialogue muito com nossa matéria da Kate Patience sobre o mundo dos templates.

De

Dom Aloísio Alberto Dilli

Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)

 

" Caros diocesanos. Em 03 de outubro de 2020, o Papa Francisco emitiu nova Carta Encíclica, chamada Fratelli Tutti (FT) – Todos Irmãos. Seu objetivo é refletir sobre a fraternidade e a amizade social aberta, que permite reconhecer, valorizar e amar todas as pessoas, independentemente da sua proximidade física. É o espírito da fraternidade universal, de uma sociedade fraterna, pregada e vivida por São Francisco. Por isso, o documento foi assinado ao lado do túmulo do Santo de Assis. O Pontífice parte do princípio que Deus criou todos os seres humanos iguais nos direitos, nos deveres e na dignidade, e os chamou a conviver entre si como irmãos, alimentando o novo sonho de fraternidade universal e amizade social que não se limita a palavras. A recente experiência do Covid-19 evidenciou como a humanidade é incapaz de agir em conjunto, apesar de estar superconectada: “A conexão digital não basta para lançar pontes, não é capaz de unir a humanidade” (FT 43).

Estamos mais sozinhos do que nunca neste mundo massificado, que privilegia os interesses individuais e debilita a dimensão comunitária da existência. Vivemos um mundo que esvazia a consciência histórica e prega um individualismo sem conteúdo, que não quer permitir a construção de um ‘nós’, favorecendo uma cultura vazia, fixada no imediato e sem um projeto comum. ... E adverte: “O isolamento e o fechamento em nós mesmos ou nos próprios interesses nunca serão o caminho para voltar a dar esperança e realizar uma renovação, mas é a proximidade, a cultura do encontro. O isolamento, não; a proximidade, sim. Cultura do confronto, não; cultura do encontro, sim” (FT 30). Urge, portanto, repensar os nossos estilos de vida, as nossas relações, a organização das nossas sociedades e sobretudo o sentido da nossa existência.


Clique na imagem para ver a Carta 👆

A Carta-Encíclica Fratelli Tutti ainda faz uma advertência muito forte em relação aos gigantescos interesses econômicos que operam no mundo digital, muitas vezes com agressividade social e em circuitos fechados que facilitam a divulgação de informações e notícias falsas, fomentando preconceitos e ódios: “Os fanatismos, que induzem a destruir os outros, são protagonizados também por pessoas religiosas, sem excluir os cristãos, que podem fazer parte de redes de violência verbal através da internet e vários fóruns ou espaços de intercâmbio digital” (FT 46).

Para o Papa Francisco, o diálogo social autêntico pressupõe a capacidade de respeitar o ponto de vista do outro, aceitando como possível que contenha convicções ou interesses legítimos. “A partir da própria identidade, o outro tem algo para dar, e é desejável que aprofunde e exponha a sua posição para que o debate público seja ainda mais completo”, diz. Para ele, sem dúvida, quando uma pessoa ou um grupo é coerente com o que pensa, adere firmemente a valores e convicções e desenvolve um pensamento, isto irá de uma maneira ou outra beneficiar a sociedade; mas só se verifica realmente na medida em que o referido desenvolvimento se realizar em diálogo e na abertura aos outros. "

"Como cristãos, o Papa pede que, nos países onde se é minoria, seja garantida a liberdade, tal como se é favorecida para aqueles que não são cristãos onde eles são minoria. “Existe um direito humano fundamental que não deve ser esquecido no caminho da fraternidade e da paz: é a liberdade religiosa para os crentes de todas as religiões”, afirma."

“Cada um de nós é chamado a ser um artífice da paz, unindo e não dividindo, extinguindo o ódio em vez de o conservar, abrindo caminhos de diálogo em vez de erguer novos muros”.

O documento é maior e é preciso repensar nossos modos de vida de hoje em dia, e prioridades por mais difícil que seja, por mais egoísta que possamos ser sem saber no sentido de ego e auto realização. Percebo que se não impactar a vida do outro não conseguimos nos alinhas e criar uma grande força fraterna em nossa sociedade, casa e dentro de nós mesmos.


Abraços DaniBrito e gratidão Angelo Goulart por inspirar essa postagem! 

 

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