Percorrendo vários blogs, nos deparamos com essa reportagem que trabalhando com a estética e a visualidade das imagens nos faz ampliar campos de admiração e observação das imagens! Evoca-nos a liberdade de trabalhar e explorar outros campos de produção sem agredir ou criar tensões entre crença e religiosidade. Veja um pouco do trabalho dessa artista que tem tudo a ver com o Mercado da Salvação
Soasig Chamaillard (1976) trabalha sobre estatuetas da Virgem Maria, que compra em feiras de velharias, e o resultado é uma verdadeira extreme makeover de um dos principais símbolos da Igreja Católica. Para muitos, um sacrilégio; para outros, uma bênção; para ela: reflexões sobre a espiritualidade no tempo presente, que baptizou de “Aparições”. A fé – defende – deveria ser suficientemente forte e não se sentir abalada por simples objetos.
Soasig Chamaillard (1976), estudou Belas Artes, trabalhou em ilustração e design e passou três anos a criar objetos para algumas lojas locais, até ao momento em que sentiu que tinha que se afirmar como artista. Queria amar o que fazia e, esse passo, implicou começar a criar objetos únicos e deixar de trabalhar apenas para satisfazer os outros.
De forma ousada, reinventa estatuetas da Virgem Maria, através das quais diz “falar, principalmente, das mulheres da sociedade contemporânea”.
De forma ousada, reinventa estatuetas da Virgem Maria, através das quais diz “falar, principalmente, das mulheres da sociedade contemporânea”.
A Super Maria surgiu do interesse em confrontar dois ícones. Soasig explica que, se por um lado, consideramos que a Virgem Maria é uma representação do seu tempo, então, talvez a possamos encarar como uma “Super Mulher” dos tempos modernos: uma mulher extremamente atarefada, que trabalha e, simultaneamente, trata da sua família. A artista defende, ainda, que existe uma ligação muito interessante entre a banda desenhada e a religião: os super-heróis personificam o bem e o mal, e os seus super-poderes representam os milagres religiosos.
Soasig esclarece que o seu objetivo não é ofender o público católico, mas antes, explorar objetos icónicos, para entender melhor o mundo que a rodeia, e cita Paul Auster: “O verdadeiro objetivo da arte não é criar objetos bonitos: é um método de reflexão, um meio de apreensão do universo e de encontrar nele o seu lugar.”
Veja algumas imagens!!!
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