Moda Sustentável!!! O Mercado da Salvação ataca com o Jardim Explícito para lançar sua próxima coleção! Salve a Amazônia! Salve o Planeta! Salve -se!

Estamos numa era de crise(s). E toda crise vem acompanhada de mudanças. O que torna esse momento especialmente delicado são suas proporções. A população mundial ultrapassa a casa dos bilhões de habitantes.

Nesse oceano de gente, que parece ter espaço para todos, a impressão é que o ”nós” perdeu completamente o espaço para o “eu”. Devemos decretar o fim do ego, esquecer da vaidade, dos desejos? Jamais! A solução mais consciente (e talvez a mais sábia) é olhar para trás e aprender a lição.

A história mostra que a moda, a arquitetura, os hábitos de consumo refletem o zeitgeist, o espírito do tempo. Quando optamos por um estilo de vida ecológico estamos comunicando nossa identidade, a preocupação com o outro, a necessidade do engajamento coletivo. Ser “eco” é ser amigo, é trocar, é dividir para multiplicar.

Se a crise ambiental e financeira pede um freio no consumismo, a palavra de ordem é uma só: criatividade. É hora de uma “DR” com o guarda-roupa e com a casa. A fila anda também para peças que não nos servem mais (não importa se foi o corpo ou o estilo que mudou). Como diz o ditado brasileiríssimo, sempre há um chinelo velho para um pé torto.

Em tempos hipermodernos, brechó não significa mais coisas pra lá de usadas e cheirando a mofo. Brechó (com “B” maiúsculo) é para estilosos, fashionistas e nostálgicos. Mas é também para antenados no que acontece no planeta - o aquecimento global está aí! - e adoram uma pechincha.

A lista de endereços é grande (SP concentra a maioria), mas só para ter uma ideia, cresce a cada dia o número de lojinhas virtuais, entre elas as mais conhecidas Filet pra quem é Mignon, Lavou tá Novo e a versão online ‘páginas amarelas’ de brechós Vitrine (com dicas ótimas).

O detalhe das roupas que mais tem importado ultimamente tem sido o bolso. A crise financeira internacional (aquela marolinha, sabe?) lavou como tsunami as bolsas (não só de valores) internacionais. Enganam-se, porém, aqueles que apostavam na queda das vendas de artigos de moda e decoração. O estímulo às compras está por todos os lados, com promoções e descontos que fazem o racional ficar descansando no ar condicionado enquanto os consumidores enlouquecidos disputam as ofertas.

Antes de cair em tentação, siga um conselho básico da minha mãe. Basta responder perguntinhas simples como “eu realmente preciso disso”, “vou usar onde, quando, por quê”, “vale a pena investir nessa peça”. Reflita um pouco antes de se atirar nas araras. Tudo ficar mais verde - o meio ambiente e seu cartão de crédito também. Traduzindo: isso é sustentabilidade.

Para saber como escolher bem, é preciso estar atento ao que rola nas passarelas e mostras de design, decoração e afins. Vale ler sempre o Eco Trends & Tips (mega jabá) e blogs do assunto.

2602719Se quiser aproveitar o tempo livre no final de semana na praia (sem desculpas!), uma boa pedida é ler o guia Eco Chic - Salvando o Planeta com Estilo, da jornalista norte-americana Christie Matheson. “Adotar um estilo de vida eco chic significa - ser dona de um guarda-roupa matador; sentir-se maravilhosa; comer e beber do bom e do melhor; e sentir-se mais conectada aos seus amigos, familiares e à natureza”. Nessa crise, o verde virou o novo pretinho básico. ( fonte: http://ecotrendstips.wordpress.com/)


Bolsas ecológicas
Com o Brasil inteiro ouvindo falar em desenvolvimento sustentável, muitos se mobilizam para contribuir com o meio ambiente, utilizando matérias recicláveis.
Com a moda não é diferente, muitos estilistas, artesões ou comerciantes utilizam de materiais recicláveis para criar diversos acessórios, estes possuem estilo e o mais importante: é ecologicamente correto.
As bolsas feitas pela artesã s Jaci Mitiko são duplamente ecológica, pois ao mesmo tempo que substituem as sacolas plásticas, também são fabricadas com matérias reaproveitados. As peças foram fabricadas com materiais recolhidos dos outdoors e placas da cidade de São Paulo, após a implantação da Lei Cidade Limpa. As bolsas criadas com estes matérias já estão sendo vendidas até em lojas do exterior, em cidades como Chigado, Los Angeles, entre muitas outras.

Paris é glamour. Mas será que a Cidade Luz sobreviverá ao consumismo esquizofrênico e as montanhas de resíduos que “sobram” desse processo todo?

O estilista inglês Alexander McQueen resolveu provocar os fashionistas acostumados ao sofisticado universo da moda parisiense com uma desfile que reciclou materiais inusitados como calotas e guarda-chuvas em exóticos chapéus.

Para quem esperava algo mais próximo ao cítrico humor britânico, encontrou peças que poderiam tranquilamente fazer parte de uma coleção conceitual à la Comme des Garçons. Decorando a passarela, uma pilha de lixo complementava os looks que traziam maquiagem borrada e cabelos enfeitados com latas de refrigerante.

A tríade preto-branco-e-vermelho dominava o olhar, com toques de classe e tradição, como o pied-de-poule e o tweed.

Nesse esforço de dramaticidade, McQueen provoca um delírio reflexivo - que esteticamente lembra o encontro de Alice com a Rainha de Copas, no País das Maravilhas.

Muito mais que reciclar materiais, reciclar idéias. O mundo fashion está atento às mudanças e envia mensagens fabulosas - como a de Vivienne Westwood, em seu manifesto: consumir menos, mas melhor. Antes que a Rainha Natureza decrete: cortem as cabeças!







Comentários