Moda tecnológica: vestido que infla, blusa que tira foto...

Moda tecnológica: vestido que infla, blusa que tira foto...

02.02.2006


Nerds também querem ser fashion. A segunda edição de Seamless: Computational Couture, evento de moda que apresenta projetos experimentais que combinam tecnologia e moda, aconteceu nesta quarta (01.02) no Museu da Ciência em Boston, EUA. Os participantes são pesquisadores de universidades que inventaram formas das roupas interagirem mais com quem as usa do que com o meio-ambiente.

As idéias propostas são interessantíssimas. A Heartbeat hoodie, de Diana Eng, é uma blusa com capuz que qualquer blogueiro gostaria de ter. Tem uma mini-câmera acoplada no alto com um sensor que tira fotos sempre que os batimentos cardíacos aumentam. Ou seja: os momentos "excitantes" da vida da pessoa são devidamente registrados.

O Space dress, de Teresa Almeida, é super trendy: o protótipo foi feito em off-white e tem "volume controlável". Ele infla de acordo com a vontade de quem o usa, transformando-se em um vestido balonê.

Taptap, de Leonardo Bonanni, Jeff Lieberman, Cati Vaucelle e Orit Zuckerman, é uma peça que pode ser usada da forma que a pessoa preferir e reproduz um "toque afetuoso" por meio de sensores. Tapinha e abraço para carentes.

Já ouviu falar em "vestido audível"? O Sonic fabric, projeto de Alyce Santoro com design de Boring Inc. e Jeannette Santoro, é feito de um tecido com 50% algodão e 50% fita cassete reciclada – isso mesmo, aquela fitinha que você usava no obsoleto walkman – e pode ser ouvido arrastando um aparelho especial por ele. O protótipo apresentado na Seamless toca Beethoven, Laurie Anderson, Jack Kerouac, baleias e até canções curandeiras de um xamã peruano. Tech-moda cult!

Fendi ghetto blaster é mais "performática" do que design. Francesca Granata transformou uma bolsa Fendi vintage dos anos 70 em um boombox, aqueles aparelhos de som que os funkeiros americanos carregavam na década de 70 e 80 pelas ruas para dançar. Ela usou a Fendi ghetto blaster para uma performance no Central Park chamada Pierre Bordieu goes to town, com músicas da banda King Kong, de Chicago. A performance discutiu as relações entre classes sociais e o mercado de luxo.

Veja imagem destes projetos na galeria e visite o
site da Seamless para saber mais.

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