Adeus... Cyro del Nero

Morre o cenógrafo Cyro del Nero
Além de teatro, ele trabalhou em TV e é um dos pioneiros na linguagem de videoclipe

Morreu na madrugada de sábado, aos 78 anos, o cenógrafo Cyro del Nero. Paulistano do bairro do Brás, ele criou cenários para diversas peças de teatro e óperas, além de ter um importante papel na TV brasileira.

Segundo sua assessoria de imprensa, a causa da morte foi insuficiência coronariana. Del Nero era casado e tinha sete filhos.

O corpo do cenógrafo foi cremado no Cemitério Primaveras, em Guarulhos. O crematório foi projetado por del Nero em 2004, com jardins de inverno que considerava "atemporais".

Reconhecimento

Del Nero foi considerado o melhor cenógrafo nacional da 5ª Bienal de Artes Plásticas de São Paulo e também era professor titular da Universidade de São Paulo dos cursos de cenografia e indumentária teatral na USP.

Aberturas e vinhetas

Além de passar pela TV Record, Tupi e Excelsior, ele foi diretor de arte da TV Globo e responsável por diversas aberturas de novelas, além de criar as aberturas, vinhetas e o cenário dos números musicais do Fantástico na década de 1970. Eles são considerados os primeiros videoclipes musicais produzidos no país.

Entre os seus trabalhos, merecem destaque as aberturas da novela Gabriela (1975) e do infantil Vila Sésamo.

Também fez os logotipos do primeiro Roberto Carlos Especial, de 1974, do folhetim O Espantalho (exibido na Record, em 1977) e da TV Bandeirantes. O desenho atual é uma variação do modelo criado por ele no começo dos anos 1980.

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